quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O ciclo da autosabotagem


São comportamentos repetitivos que temos durante a vida, em sua maioria irracionais, inconscientes, mas que acabam por nos atrapalhar em varios aspectos: amoroso, trabalho, relação de pais com filhos, emagrecimento e etc.
Como vem de comportamentos repetitivos formam-se um ciclo na vida das pessoas: “O ciclo da auto-sabotagem”.
E o que é: A tendência de se repetir, indefinidamente, atitudes destrutivas. A maioria das pessoas não percebe o que faz. Prefere acreditar que a insatisfação é apenas fruto de algo externo, essa negação faz com que ela siga em frente, sempre sofrendo.
No casamento por exemplo: É frequente uma pessoa casar várias vezes e, apesar de os parceiros serem absolutamente diferentes, criar situações e problemas idênticos com todos eles. Qualquer um pode perceber que um padrão está sendo repetido – menos ela própria.
No emagrecimento: Muito comum,uma pessoa que vai a varios médicos,já tomou varios medicamentos,já fez diversas dietas e,nunca consegue chegar ao peso desejado,ou chega e em pouco tempo volta a engordar.Ela tbem não percebe que o ciclo da auto-sabotagem está presente e,culpa os tratamentos,as dietas e os médicos de seu fracasso,ou seja,o externo a ela.
No trabalho: Nós sempre conhecemos alguém que pula de emprego em emprego e está sempre culpando um chefe ou os colegas. Mudam para novos empregos e sempre reclamam de problemas semelhantes aos anteriores. Isso é porque o relacionamento interpessoal é um fator muito importante no trabalho – tanto quanto dedicação ou competência. As percepções das pessoas no local de trabalho muitas vezes são distorcidas por relações mal resolvidas do passado,inconscientes.
É basicamente na relação entre pais e filhos, na infância, que se constroem esses padrões. É de traumas, grandes ou pequenos, do começo de nossas vidas que isso tudo nasce. De um sentimento de abandono, nasce a crença de que se aquilo for repetido, as coisas serão transformadas.
A criança, também imita os pais, é onde ela aprende a se comportar na vida e , acaba por imitar também o comportamento repetitivo destes. Todos temos em alguma área de nossa vida um ciclo de auto-sabotagem. Tudo é inconsciente!
Evitar essas repetições destrutivas é muito difícil, porque elas estão consolidadas em nosso inconsciente desde muito cedo. Porém se a pessoa perceber sua compulsão em agir daquela maneira e, a partir disso, acreditar que poderá controlar-se da próxima vez e, estar atenta a seus comportamentos, pode ir modificando. Por isso eu digo que tornar consciente seu padrão de repetições é extremamente importante, eu diria que é o primeiro passo. Mas o caminho para abolir esses comportamentos é ir de encontro ao trauma que está na raiz de tudo e, enfrentá-lo.Descobrir onde começou…é um trabalho de psicoterapia que realmente funciona nesses casos.

domingo, 8 de maio de 2011

Você sabe qual é o fator que mais contribui para aumentar a ansiedade no comer?


Uma coisa é certa: A ansiedade é a campeã de insucessos nas tentativas de emagrecimento e é esta que impulsiona o descontrole alimentar e que gerencia o comando das emoções. Se somarmos a ela, o estresse e as escolhas erradas na alimentação, é aí que o sucesso do corpo que se busca, fica comprometido pela sensação de fracasso da pessoas.
Como ninguém nasceu para dar errado, não há alimento mais nutritivo para o ser humano do que o amor próprio e isso começa acontecer quando você deixa de tratar você mesma como você trata do seu estômago. Você sabe qual é o fator que mais contribui para aumentar a ansiedade no comer? Não há nada que seja tão eficaz para deixar você engolir tudo o que vê pela frente, do que a privação alimentar. É nas restrições exageradas de alimentos que se encontram as piores armadilhas, porque o fato de pensar: “Eu não posso comer” gera tanto estresse, que a pessoa age no “tudo ou nada” e se restringe do que gosta de comer, para “emagrecer” (não ficar magra, pois quem quer emagrecer, sabe que tem dia para terminar a dieta e faz restrições até o dia anterior de uma festa, um casamento ou um feriado).
Com o passar do tempo, essa mesma pessoa se solta na alimentação e sem se dar conta, ela come três vezes mais, posteriormente. Nisso, ao invés de comer um prato raso de macarrão, come quatro pratos e meio, só para compensar as vezes que não pode ter este prazer. Se a pessoa se deixa levar pelos extremos, ela entra em um circulo vicioso que parece não ter fim: começa o regime restritivo e isso aumenta o estresse. O estresse por sua vez, aumenta a ansiedade e faz com que a pessoa compulsione na comida. A compulsão gera culpa, que gera frustração, que gera atitude de restrição alimentar e começa a mesma dança tudo outra vez.
O problema não é vivenciar esse ciclo uma vez ou outra, mas fere e arde passar por isso mais de cinqüenta vezes e não conseguir ver a saída do problema. E por que a pessoa precisa se agredir tanto para conseguir o que quer? Quando se come o que gosta, mas sem exageros, a pessoa não fica ansiosa e não aciona o estresse e o desejo de compulsionar. Executando esse treino, a pessoa pode estar no caminho certo para ser magra e não necessariamente viver fazendo dieta, andando em círculos e sentindo que não sai do lugar e com o peso do sentimento de fracasso.
Uma coisa é certa: Certamente, VOCÊ VALE MAIS QUE UM PÃO, UM CHOCOLATE E UMA MASSA, pois nenhum prazer pessoal vale mais que o fato de se sentir bem consigo próprio (mesmo que isso exija tempo). O que não dá, é ter que viver como se fosse um padrão contínuo de privação que aumenta o estresse, que aumenta a ansiedade, que leva a compulsão, que gera culpa, que Seu “eu” é infinitamente maior do que seu peso