domingo, 14 de novembro de 2010

OBESIDADE: O PESO DO PRECONCEITO






Estava fazendo um trabalho para a faculdade, sobre a cirurgia bariátrica. Li algumas matérias, alguns blogs de pessoas obesas; quando me lembrei dos preconceitos que já vivi.

Semana passada completou 5 meses que fiz a cirurgia. Estou 20 quilos mais magra, e talvez a certeza da vitoria, fez com que eu não pensasse mais em “sentimentos obesos”.

Mas hoje,em frete a minha pesquisa, penso “ e o resto?”, “ e as pessoas que não poderão ter a mesma oportunidade que eu tive?”.

O obeso sente que a sociedade, quando não o ignora, o agride. A começar pelo rótulo: quem conviveria bem com a alcunha de “mórbido”? Não há proteção legal ou qualquer mecanismo de defesa aos vexames pelos quais o obeso passa nas ruas diariamente. Você já imaginou o que é ir ao cinema ou viajar de avião e não encontrar uma simples cadeira adequada ao seu tamanho? Ou perceber as risadas das pessoas quando você não consegue passar pela roleta de um ônibus? Enquanto o preconceito racial não é muitas vezes explícito, a maioria das pessoas não se intimida em rir diante de um obeso. É como se ele fosse assim apenas porque é preguiçoso, relapso e comilão. Logo, merece ser motivo de todo tipo de piada.

É claro que a ciência não vê assim a obesidade e encara o problema como uma doença. Os médicos sabem que, por mais que lutem por meio de dietas ou temporadas em spas, nem sempre essas pessoas conseguem emagrecer. Há casos de obesos que comem até menos que pessoas “exemplares” em sua dieta. Mesmo assim, a sociedade simplesmente ignora as evidências e faz os seus julgamentos movida pela ignorância.

É como se o obeso tivesse apenas duas opções: emagrecer ou se matar. Pelo menos é dessa forma que a mídia trata o problema. Em uma reportagem sobre a cirurgia bariátrica (diminuição do estômago), a apresentadora do programa Fantástico, da Rede Globo, levanta o tema com a seguinte frase: “O que fazer quando todas as dietas falharam?” Parte-se do pressuposto de que ninguém pode ser feliz obeso. E quem não consegue ou não quer ter um corpinho dentro do “padrão global” de aparência? Tem que passar o resto da vida atormentado – por si mesmo e pelos outros – por causa da sua forma física?

Essa perseguição faz com que os obesos se sintam culpados. Alguns terminam adotando para si o mesmo preconceito que sofrem de outras pessoas. Resultado: em vez de se unir em busca dos seus direitos, tratam de seus problemas como uma vergonha – como já aconteceu com outras minorias como os gays e os negros, por exemplo.

Mesmo que essa causa não tenha a mesma simpatia da luta de outras minorias, os obesos precisam buscar o respeito que merecem. Muito além da reivindicação de espaço físico adequado para o nosso corpo, é hora de conquistarmos um espaço de verdade na sociedade para que a nossa voz seja levada em consideração em qualquer debate público. Não estou aqui fazendo uma apologia da gordura e dos problemas de saúde que podem estar correlacionados a ela. Mas acho que somente unidos os obesos poderão garantir para si o direito elementar de serem felizes: amarem e serem amados, terem sucesso profissional, irem ao cinema ou simplesmente poderem caminhar tranqüilamente pela rua sem receber olhares de julgamento de outras pessoas.

Hoje, mesmo feliz com os resultados depois da cirurgia, meu coração esta triste pelos obesos por espalhados pelo mundo....



domingo, 7 de novembro de 2010

Como evitar as deficiências nutricionais no pós operatório


Para manter um bom estado nutricional após a cirurgia bariátrica, deve-se dar atenção á alguns nutrientes. Conheça-os:

- Proteínas: As proteínas são necessárias para a formação dos tecidos corporais, enzimas, hormônios, transporte de substâncias pelo sangue, entre outras. Nas refeições, deve-se dar preferência aos alimentos de fonte de proteína. As proteínas estão presentes principalmente em alimentos como carnes, ovos, leites e derivados, soja, feijões, grão de bico, quinoa.

- Vitamina B12: no pós-operatório há uma produção mínima de uma substância chamada fator intrínseco que é necessária para a absorção da vitamina B12, levando á diminuição da sua absorção. A Vitamina B12 deve ser medida em exames de sangue de rotina e muitas vezes suplementada com injeções intramusculares.

- Vitamina D: é uma vitamina que freqüentemente está deficiente em pacientes obesos e tem uma função importante na saúde óssea. Ela é encontrada na gema de ovos, manteiga e peixes, mas a principal fonte é produção na nossa própria pele a partir dos raios solares. Banhos de sol pela manhã ajudam na produção desta vitamina. Mas na maioria dos casos deve ser suplementada.

- Cálcio: Outro nutriente que também é consumido e absorvido em menor quantidade. Encontrado em alimentos como leite e derivados, folhas verde escuras, gergelim e amaranto. Também necessita de suplementação na maioria dos casos.

- Zinco: mineral necessário em diversas funções no organismo e que está muito associado com a queda de cabelo intensa. Encontrado em carnes, grãos integrais, castanhas e sementes. Nos casos de deficiência deve ser suplementado.

- Tiamina (Vitamina B1): É uma vitamina necessária para o metabolismo dos carboidratos, principalmente no cérebro. Os alimentos que a possuem são carnes magras, gema de ovo e grãos integrais.

- Ferro: Mineral necessário para a formação das hemácias (células vermelhas do sangue). Sua deficiência está associada á anemia e, nestes casos, também deve ser suplementado. Alimentos como carnes, vegetais verdes escuros e feijões são fontes de ferro e devem estar na alimentação diariamente.

Escolhas alimentares e o uso da suplementação corretos no pós operatório contribuem para manter níveis adequados destes e outros nutrientes no organismo.
Porém o mais importante, é que você fique atenta a escolha certa, entre doces,massas,frituras e refrigerantes, prefira “saúde e qualidade de vida”.
Cuide-se !!! e lembre-se “sem esforço não há resultado”!!!!!